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segunda-feira, 30 de dezembro de 2013


Reflexão Final - Recursos Educativos Abertos


Por um lado, vivemos numa época em que a dinâmica da informação atinge uma velocidade incomensurável. Por outro, diplomas nacionais e internacionais, com os quais nos identificamos, apontam para uma escola inclusiva, atentando para o respeito pela evolução e características singulares de cada indivíduo. Nesta linha de ideias, a formação levada a cabo permitiu-nos, primeiro, refletir uma vez mais sobre a importância das novas tecnologias na intervenção com crianças com necessidades educativas especiais (NEE) e, em segundo lugar, dotar-nos de meios que podemos utilizar nas nossas práticas diárias em benefício dos nossos alunos.

O termo “inclusão” através das novas tecnologias da informação e da comunicação (TIC) torna-se sempre um desafio, não só como disponibilidade em termos de ferramentas, mas também como uma reflexão e reconstrução das práticas docentes.

Através da formação em Recursos Educativos Abertos (REA), foi possível uma partilha de materiais diversos a aplicar na nossa prática diária. Mais uma vez, ficou comprovada a existência de formas muito práticas, acessíveis e motivadoras de abordar conteúdos de vária ordem.

Por outro lado, pudemos aceder a materiais já produzidos e outros produzidos por nós próprios, e que podem e devem constituir a base de trabalho com crianças com NEE. Cabe-nos a nós docentes gerir a oferta e adequar às nossas crianças, caso a caso, inovando as nossas práticas.

Podemos afirmar que as TIC são tanto mais importantes quanto mais acentuadas são as limitações dos crianças/indivíduos. Assim sendo, constituem uma forma de incluir sem barreiras, acompanhando as mudanças e, ao mesmo tempo, promovendo a comunicação e interação social.

É de realçar a importância da formação online ter permitido uma gestão autónoma em termos de espaço e de tempo. A aprendizagem cooperativa por nós praticada, mais uma vez, veio dar mostras de como “aprendemos muito melhor uns com os outros”.

Os formadores foram exímios quer em termos de conhecimento, organização e eficácia, quer em termos de flexibilidade, como já vem sendo hábito... Deram-nos sempre um incentivo e um estímulo para continuarmos! Em certas alturas, foi um pouco difícil coordenar a nossa prática com a formação, mas quer os formadores quer os colegas de grupo foram importantíssimos na superação dessa dificuldade.

Porque as tarefas a desenvolver com as crianças devem conduzi-las ao êxito e ao sentimento de: “eu sou capaz”, as TIC podem e devem marcar a diferença pela adaptação de hardware e de software a cada criança, jovem ou adulto, sendo somente preciso “acreditar” que é possível a atualização das nossas práticas.

Ana Paula Mourão, dezembro de 2013