Reflexão
Final - Recursos Educativos Abertos
Por
um lado, vivemos numa época em que a dinâmica da informação atinge uma
velocidade incomensurável. Por outro, diplomas nacionais e internacionais, com
os quais nos identificamos, apontam para uma escola inclusiva, atentando para o
respeito pela evolução e características singulares de cada indivíduo. Nesta
linha de ideias, a formação levada a cabo permitiu-nos, primeiro, refletir uma
vez mais sobre a importância das novas tecnologias na intervenção com crianças
com necessidades educativas especiais (NEE) e, em segundo lugar, dotar-nos de
meios que podemos utilizar nas nossas práticas diárias em benefício dos nossos
alunos.
O
termo “inclusão” através das novas tecnologias da informação e da comunicação
(TIC) torna-se sempre um desafio, não só como disponibilidade em termos de
ferramentas, mas também como uma reflexão e reconstrução das práticas docentes.
Através
da formação em Recursos Educativos Abertos (REA), foi possível uma partilha de
materiais diversos a aplicar na nossa prática diária. Mais uma vez, ficou
comprovada a existência de formas muito práticas, acessíveis e motivadoras de
abordar conteúdos de vária ordem.
Por
outro lado, pudemos aceder a materiais já produzidos e outros produzidos por
nós próprios, e que podem e devem constituir a base de trabalho com crianças
com NEE. Cabe-nos a nós docentes gerir a oferta e
adequar às nossas crianças, caso a caso, inovando as nossas práticas.
Podemos
afirmar que as TIC são tanto mais importantes quanto mais acentuadas são as
limitações dos crianças/indivíduos. Assim sendo, constituem uma forma de
incluir sem barreiras, acompanhando as mudanças e, ao mesmo tempo, promovendo a
comunicação e interação social.
É
de realçar a importância da formação online ter permitido uma gestão autónoma
em termos de espaço e de tempo. A aprendizagem cooperativa por nós praticada,
mais uma vez, veio dar mostras de como “aprendemos muito melhor uns com os
outros”.
Os
formadores foram exímios quer em termos de conhecimento, organização e
eficácia, quer em termos de flexibilidade, como já vem sendo hábito...
Deram-nos sempre um incentivo e um estímulo para continuarmos! Em certas
alturas, foi um pouco difícil coordenar a nossa prática com a formação, mas
quer os formadores quer os colegas de grupo foram importantíssimos na superação
dessa dificuldade.
Porque
as tarefas a desenvolver com as crianças devem conduzi-las ao êxito e ao
sentimento de: “eu sou capaz”, as TIC podem e devem marcar a diferença pela
adaptação de hardware e de software a cada criança, jovem ou adulto, sendo
somente preciso “acreditar” que é possível a atualização das nossas práticas.
Ana
Paula Mourão, dezembro de 2013